A empresa de auditoria afetada, a BF Borgers CPA, e o seu proprietário, Benjamin Borgers, foram suspensos de exercer a profissão de contabilistas junto da SEC, afirmou hoje o regulador, num comunicado.

A empresa e Borgers concordaram em pagar coletivamente um total de 14 milhões de dólares em penalizações, embora sem admitir ou negar as alegações.

De acordo com o comunicado, a SEC acusou a BF Borgers de "falhas deliberadas e sistemáticas", incluindo a "fabricação" de documentação de auditoria e de falsa declaração aos clientes - incluindo a Trump Media - de que o seu trabalho estava em conformidade com os regulamentos.

A agência governamental norte-americana estima que a fraude tenha ocorrido entre janeiro de 2021 e junho de 2023, afetando mais de 500 empresas que tinham contratado a BF Borgers e que terão agora de encontrar novas empresas de contabilidade.

Os relatórios em causa são apresentados periodicamente à SEC com o objetivo de possibilitar informações aos investidores e analistas, para que estes possam avaliar as empresas com ações cotadas em bolsa.

O diretor da divisão de execuções da SEC, Gurbir Grewal, disse que "Borgers e a sua simulação de auditora foram permanentemente encerradas", é referido no comunicado.

A empresa de media e tecnologia Trump Media, fundada em janeiro de 2021, e cujo acionista maioritário é o ex-presidente dos EUA e pré-candidato republicano Donald Trump, já anunciou planos para contratar uma nova empresa de auditoria.

A Trump Media engloba a rede social Truth Social, fundada pelo ex-presidente.

RCS // RBF

Lusa/fim